Os arranjos são assinados por Alain Pierre (violões), Alexandre Caldi (sopros) e Marcelo Caldi (piano e acordeon), filhos do consagrado pianista Homero de Magalhães, que se envolveram com a obra de Sérgio e se tornaram inseparáveis amigos do mestre. “Como eu sempre fui muito ligada na cena musical e achava que seria bom pra ele se renovar com jovens arranjadores, promovi esse encontro de gerações e de famílias, que deu uma nova energia ao meu pai”, conta Marina. 

O encontro aconteceu também nos palcos e nas gravações, inclusive com a presença dos irmãos Adriana Lutfi (voz) e João Gurgel (violão). O álbum conta ainda com a participação de Edu Krieger (violão sete cordas); Rodrigo Villa (baixo); Naife Simões (percussão); Jean Dumas (conga); Ignez Perdigão (cavaquinho) e Iura Ranevski (cello), além de Nicolas Krassik (violino) e Hamilton de Hollanda (no bandolim).

“Este trabalho é diferente de todos os outros pelo refinamento alcançado depois de muita estrada, pelo intercâmbio enriquecedor que tive com essa nova e surpreendente geração (eu sou o único cabeça branca da turma!) e por ter meus filhos junto comigo pela primeira vez. Isso sem contar que eu o gravei sem fumar um cigarro sequer", comemorava um Sérgio Ricardo totalmente satisfeito em 2008. “E agora que houve essa troca, essa pororoca de saberes, e eu bebi da fonte da juventude, ninguém me segura!”, contava.